terça-feira, 12 de abril de 2011
Lenço Negro
Hoje vai ser assim, roupa nova
Tudo novo?
A expectativa de se achar no abraço com o alheio
É confortante até o confronto verdadeiro
O miúdo braço contornando uma criança atormentada
Faz-se forte, mas num enlaço nem sempre total
Lenço negro da noite, pintado sobre o corpo que dorme
Ainda sob as telhas macias, quais caem e não se vê que cortam
Cortam pernas, pensamentos … cortam meninos, cortam máquinas
Essa ponte eu-universo feita de pedidos
Cravada com meu ouro e meu cansaço
Pois tudo cansa, e é tão falho
Um século de existência bem sucedida, pressupõe muita decepção pelo caminho
Não pretendo me arrastar, ou me conceder final sem meio
Porém mentir e não sentir, já não faz parte do que é ser
Já vesti todas essas roupas que proclamam o “ser normal” …
E a que melhor me serviu está na sala, vendo TV e assassinando o futuro.
Daniel Sena Pires - Lenço Negro (13/04/2011)
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É bom falar, é bom escrever...exorciza dores profundas...às vezes até renova! Lenço Negro retrata tudo de ontem...
ResponderExcluirÉ tão triste ver uma pessoa doce como vc passar a vida "arrastando correntes"...
ResponderExcluirLiberte-se!
Tão fácil, né?
ResponderExcluirSou assim porque quero ...
Sorry my friend...
ResponderExcluirSei que é difícil e que não é assim porque quer,apenas não se conforme em ser assim...
Comece eliminando algumas coisas que te fazem mal e se for preciso esvazie-se de si mesmo para preencher-se depois.
...
ResponderExcluirrsrs
ResponderExcluirSei que a teoria na prática não é tão simples
quanto parece,mas pelo menos admita que foi poético...rsrs
Se cuida...