segunda-feira, 25 de abril de 2011

A matemática dos amantes



Uma vez passada a noite...
Raia o sol, como há de ser
Os olhos pesam por cansaço, pois uma noite só não revigora feridas assim tão profundas
O bom ainda existe e faz força, e dá força ... acalentando

Um alicerce movediço, onde se afunda com facilidade
A imensidão que é o espírito, parece desaguar num pequeno mar de mágoas
Os pensamentos desmerecem aquilo que o corpo quer, tudo é tão igual

O corpo hiberna, já não quer nada
Já não pede abrigo
E se esbarra frente a ventos contrários
Já não se entende, vazio ...
Demais

E se viessem à tona fatos que desconheço?
Enfrentaria com violência o que até então nem sabia existir?
Ou me entregaria por medo, por pudor?
Enfeitando o destino com marcas e cicatrizes ...
Indestrutíveis

Perguntas, às vezes pequenas lutas
Às vezes a razão de toda tristeza.

Daniel Sena Pires - A matemática dos amantes (22/03/2009)

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