segunda-feira, 9 de maio de 2011

Rubrique SS A









De quem é a culpa disso tudo?
Quem foi que disse que pra amar é preciso que doa um tanto assim?
Um tanto que fere, que deixa inconsciente
Que corta o fluxo dos dias
Que acorda outras dores já findas
E como podem findas?

Não amo agora, o mesmo que amei quando conheci
Pois somos outras pessoas
Na convivência, e no “eu te amo” diário
Vamos nos tornando um pouco mais nós mesmos
Você não me entende, né?
Não falo de rotina, o amor ainda é o mesmo

Já te acordei por eu estar com frio
Já te beijei porque estavas cansada e era tarde
Já te acariciei por eu estar em falta de carinho
Já chorei pois, mesmo ao lado, não estavas ali
E mais dói morrer por dentro
Do que qualquer outra morte que me poupasse isso

Eu vou ficar bem
Bem
Bem

Eu vou ficar bem

Até que eu me convença que isso é que é a verdade

E que não nos temos mais

Porque depois …
Quando a dor fizer cócegas no meu corpo cansado
Vou saber que é falta
Vou saber que é a mesma
Aquela não finda

Mas que a culpa, se é que se pode chamar culpa, não é tua
Nem é minha

É desse amor que morre de medo de amar.

Daniel S P – Rubrique SS A (09/05/2011)

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