domingo, 15 de maio de 2011

De onde vem?



O momento é de espasmos em verdades
Creio e duvido ao mesmo tempo, abraço e ataco meus amigos
O clima pede mais em por-se em guarda
Fatos e sentido, nunca se cruzam se os espero
Potencial caindo

Até quando antes chuva e vinho me faziam não gostar de não gostar
Vivia um medo dessa mística faltar
E punha eu o rosto lá fora, sem medo da rua
Mas com uma profunda negação
Toda boa palavra é nostálgica

E todo bom rapaz é homem sofrido
Todo carinho cego, tão logo cortará teu coração

Toda carga vital é passível de recomeço
Sempre acabo perguntando, mas … interrogações pra quê?

Gosto de provar veneno
Assim me sinto mais preparado
Alerto o coração, qualquer tontura …
E puxo o gatilho, corro para a montanha mais próxima
Chamo por socorro, ou só me escondo até tudo passar

Foi sempre assim, aprendi a trabalhar minha mente
“Você não pode reclamar de tudo, nem tudo é seu”

Mas e se eu conquistar?
Mas e se eu morrer?

E se eu não gostar de morrer?
Há volta?

E se eu não gostar de conquistar?
O que eu vou fazer?

Toda a arrogância que é …
Pedir a culpa, pois não desculpas
Ou tudo o que é adverso …
Que não casa com o que teus dedos tolos escreveram numa juventude sem vida …
Não podem ser tão diferente do que és

Eu, enquanto distante …
Me poupo de todos

Mas e se eu gostar?

Daniel Sena Pires – De onde vem?

2 comentários:

  1. E se vc focar só no presente e deixar
    que o futuro simplesmente aconteça?

    "Porque morrer não é nada - não viver que é horrível"(V.H)

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  2. rsrs

    Tanto que o suicídio prova que existem males piores que a morte .
    E esse que citaste, é um .

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