terça-feira, 31 de maio de 2011

O "ser monstro"



Eu sou um monstro, dividido em alguns capítulos notórios
Outros ruins, outros “criança”
Mas não machuco ninguém
Um monstro sem atitude
Que só assusta o coração
E fico de fazer medo, de ser terror
Emboscado por minhas próprias confissões
Aterrorizado pelo que eu mesmo causei
Monstro que sou
Bom nisso
Caminhando pelas ruas da cidade
Rastros de fumaça e pedaços do corpo
Pedaços de nada, rastros de procura
E quando passo gritando
Pela porta alheia
Que me viram o rosto
Ou me chamam “atraso”
Eu sou o que eu quero?
Eu nem me atrevo
Eu sou esse monstro
Com a força mais feia que existe
Que cadaveriza a emoção
Em prol de mais uns dias de ar
Pois é preciso obter retorno
Se não te dão, vá buscar!
E eu vou
Assustando quem gosta de mim
Mas, de certa forma, eu sou uma boa forma de ser
Monstro …
Ah!
Expulsar do peito o vapor
Que sobrou do último ataque de dor
Em um ébrio parecer
Com as palavras que me são mais assustadoras
Demonstro (de monstro) … qualquer racionalidade barata
Posso parar muito bem por aqui
Pronto.

Daniel Sena Pires – O “ser monstro” (01/06/2011)

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