quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cacos de vidro e tijolos inteiros




Dá gosto de sangue na boca
Tentar entender a criança que ainda é toda medo
Do escuro, dá pra se ver todos os focos de luz
E entre eles há uma felicidade ignominiosa
Mas quem dança aqui desse lado, nunca está bem
Ser solto e liberal?
Ser conde e sem casa?
Não entendo onde as coisas estão
Elas estavam aqui
Eu ando tão perdido quanto averso à vontade
A rouquidão matinal agora é pós meio dia
A procura por “paz” esgota-se ainda no primeiro momento
E outra hora ouvi uma voz estranha
Que disse: “Mas não é com você”
Parece bobo, e de soar tão mesquinho … parece maldade
Mas não é com você, agora sim …
É comigo, coisa de “eu e mim”
Sempre é

Sempre foi

Às vezes eu vejo pessoas jogando cacos de vidro e tijolos inteiros …
Em outras pessoas, pelo simples de fato de não entenderem o simples fato de que nem todo mundo tem que ser rigorosamente um particular seu

Isso dói

Eu já não sei o que dizer
E fazer … já se tornou decepcionante

Convivo com armas, com fogo
Com gente que não gosta de gente
Parece castigo …

Eu só queria acordar sorrindo
E gostar de estar de pé agora
E de ter estado em pé aos 11
E de ter estado em pé aos 12

Sabe?

Algo ainda vai valer a pena
Não é possível.

Daniel Sena Pires – Cacos de vidro e tijolos inteiros (Obrigado) (27/07/2011)

2 comentários:

  1. Parabéns, Poeta!
    Muito bom te visitar, empolga.

    Abraço

    "Algo ainda vai valer a pena"

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  2. Grato, querida ...
    Abraço.

    Apareça mais.

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